
Elevador Lacerda a 10 minutos andando do Hostel Torre.
Salvador é uma só, mas comporta duas: a Cidade Baixa (a região portuária, em que está o Mercado Modelo) e a Cidade Alta (onde fica o Pelourinho, no Centro Histórico).
O nome de cada uma as descreve muito bem, já que há uma falha geológica de cerca de 60 metros entre elas, que desafia a logística do transporte na capital baiana desde a sua fundação, em 1549.
Essa característica dos terrenos da cidade exigiu que fossem encontradas alternativas de transporte de pessoas e mercadorias ladeiras acima.
Pelo menos desde o início do século XVII existem “ascensores urbanos” em Salvador, que ligavam o porto, na Cidade Baixa, à Sede Administrativa, na Cidade Alta.
Em 1610, já havia registros sobre os guindastes na cidade. Não eram como os aparelhos modernos, mas planos inclinados construídos e administrados por ordens religiosas como a Companhia de Jesus (que mantinha o mais famoso deles, o Guindaste dos Padres).
Até meados do século XIX, os sistemas de transporte mais engenhosos eram reservados a mercadorias e matéria-prima. As pessoas continuavam a depender de longas escadarias e ladeiras malpavimentadas para se movimentar entre um nível e outro de Salvador.
As concessões públicas para transporte urbano movimentaram diversas empresas e, no final dos anos 1860, havia bondes de tração animal nas duas partes da cidade.
A necessidade de integração do transporte era cada vez maior, e foi aí que o baiano Antônio de Lacerda percebeu a oportunidade de comandar o empreendimento que se tornaria um dos marcos arquitetônicos da cidade até hoje, o Elevador Lacerda.